Sexta-Feira, 05 de Julho de 2019, 09h:19

Cooperativismo forte é sinônimo de uma nação forte

Números relevantes

Sistema OCB
Brasília / DF

Sistema OCB

Um cooperativismo forte é sinônimo de uma nação forte

Um cooperativismo forte é sinônimo de uma nação forte

 

O Anuário do Cooperativismo Brasileiro (2019), lançado pela OCB nesta quinta-feira (4/7), apresenta os principais números e resultados das cooperativas do país e marca a celebração dos 50 anos da OCB, dos 10 anos do Dia de Cooperar e da 97ª edição do Dia Internacional do Cooperativismo. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comentou os resultados do anuário que, em geral, reúne dados que retratam a relevância socioeconômica do movimento cooperativista brasileiro. Confira abaixo: 

O anuário mostra que as cooperativas estão na contramão do desemprego. Poderia explicar o porquê?
É muito simples: enquanto os demais setores econômicos geraram 5% de postos de trabalho entre 2014 e 2018, as cooperativas conseguiram mais que triplicar esse percentual. Geramos praticamente 18% a mais de empregos, no mesmo período.

Além do número de postos diretos de trabalho, outro indicador extremamente relevante para nós é o ingresso de novos cooperados. De 2014 para 2018, esse percentual cresceu 15%, ou seja, saltamos de 14,2 milhões para 14,6 milhões de um ano para o outro.

Se nós somarmos esses números (cooperados + empregados) podemos, com segurança, afirmar que 50 milhões de brasileiros, ou seja, 25% da população do país, está ligada diretamente ao cooperativismo. É um bom percentual, mas estamos trabalhando para elevar esse percentual, porque acreditamos no nosso modelo de negócios e sabemos que, quanto mais o cooperativismo for compreendido e vivido pela sociedade, mais cooperativo será o Brasil. E o que isso quer dizer? Que todos terão oportunidades melhorar de vida e de realizar seus sonhos.

Poderia nos dizer como foram os resultados econômicos das cooperativas em 2018?
No que diz respeito ao ativo total e ao ingresso e receitas brutas, nossas cooperativas também fizeram bonito. Elas registram, respectivamente, R$ 351,4 bi e R$ 259,9 bi. E se a gente cresce, todo mundo cresce. Para ter uma ideia, as cooperativas recolheram aos cofres públicos R$ 7 bilhões, em impostos e tributos, apenas em 2018. Também fizemos a economia girar no ano passado, ao injetarmos mais de R$ 9 bilhões, apenas com o pagamento de salários outros benefícios destinados a colaboradores. Como se vê, quanto mais forte forem as cooperativas, mais forte será a economia do país.

Quanto aos ramos, poderia citar os destaques principais?
Sim, e podemos começar pelas cooperativas de crédito. Como sempre dizemos, elas têm um papel estratégico na inclusão financeira de milhões de pessoas e na democratização do crédito. Falamos de um total de 9,8 milhões de cooperados, de uma presença em 594 municípios brasileiros onde outras instituições financeiras não estão presentes, e de um crescimento de 18,6% em depósitos só em 2018, totalizando mais de R$ 151 bilhões.

Esse papel estratégico foi, inclusive, ressaltado recentemente pelo presidente do Banco Central, Ricardo Campos Neto, que esteve com a gente, na nossa sede, aqui em Brasília, para falar da Agenda BC# - desafios e ações que o Banco Central estabeleceu para fortalecer ainda mais o Sistema Financeiro Nacional. E a ideia é fazer isso a partir de quatro pilares centrais: inclusão, educação, competividade e transparência. Pilares esses que estão totalmente ligados à natureza cooperativista e à forma de trabalhar e atuar das nossas cooperativas.

Outro ramo que teve destaque foi o Saúde. As cooperativas médicas, por exemplo, respondem por 31% do mercado de saúde suplementar. Hoje, as 786 cooperativas de saúde se fazem presentes e atuantes em praticamente 85% do território nacional. Nossos cooperados trabalham diariamente para oferecer um atendimento de qualidade e diferenciado à população, pensando em cuidar, mas também em promover a saúde a partir de um trabalho de educação e de conscientização, pontos fundamentais para a prevenção. Hoje, elas respondem pelo atendimento de praticamente 25 milhões de brasileiros, e nas várias áreas da saúde – médica, odontológica, psicológica, em tantas outras.

Além do Crédito e Saúde, também temos o Transporte. Nesse segmento o sucesso não foi diferente! Transportamos dois bilhões de pessoas, seja na modalidade individual, como os táxis, ou coletiva, como os ônibus. Também respondemos pelo escoamento de praticamente 450 milhões de toneladas de bens, dentro e fora do país. São cerca de 1351 cooperativas reunindo 98 mil cooperados em todo o Brasil.

Essas são apenas algumas das provas de que um cooperativismo forte é sinônimo de uma economia forte. Os números que reunimos e apresentamos nessa edição do Anuário do Cooperativismo Brasileiro retratam a expressividade, o tamanho, a força e a contribuição do nosso modelo de negócio para o Brasil.

São dados que reforçam a importância do cooperativismo como agente de transformação e de desenvolvimento, afinal, nós trabalhamos por um mundo feliz, equilibrado, justo e com melhores oportunidades para todos. 

E como as cooperativas podem conhecer mais detalhes do anuário?
Basta acessar o nosso site. Todas as nossas publicações estão lá. O endereço de acesso é: https://somoscooperativismo.coop.br/assets/arquivos/Publicacoes/Anuario-2018.pdf.

E para finalizar, a OCB está completando 50 anos. Qual sua mensagem aos cooperados brasileiros?
Gostaria apenas de reforçar que nós, cooperativistas de todos os cantos do país, temos a certeza de que o futuro é cooperativista. É isso o que querem as gerações que estão aí. Hoje celebramos os 50 anos da OCB, mas também iniciamos a nossa jornada rumo aos próximos 50 anos. E assim, convido a todos – deputados, senadores, representantes do governo, do Poder Judiciário e, também, a sociedade civil – a trabalhar por um Brasil mais cooperativo, onde cada cooperado seja valorizado como alguém que assume seu protagonismo e faz sua parte por um país mais próspero e por mundo melhor. Contamos com vocês. Vamos juntos! Afinal, nós SomosCoop!

Fonte: Sistema OCB / Por Aurélio Prado

 


Fonte: OCB-MT

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